Foi com curiosidade e desconfiança que li o artigo do “The Economist” sobre o enorme progresso da ciência brasileira, atraindo pesquisadores estrangeiros (“Go south, Young scientist”, 6 de Janeiro de 2011).
No artigo, a revista faz um retrato superficial e bastante otimista das condições científicas no país. Os números citados são mesmo pra impressionar gringos: 10 mil doutores por ano e um salto considerável de publicações cientificas nos últimos anos. Além disso, o texto faz referência a condições de financiamento de pesquisa para laboratórios igual ou superior a muitos países desenvolvidos. Na verdade, o artigo está se referindo a laboratórios do estado de São Paulo que são financiados pela FAPESP.
Obviamente, também cita áreas que devem ser melhoradas, concurso público para contratação de docentes nas universidades (sim, isso continua até hoje), e o uso do português como idioma acadêmico. Mas de qualquer forma, deixa a mensagem clara: no Brasil, o pesquisador estrangeiro terá a oportunidade de crescimento, estabelecer sua própria linha de pesquisa e ser um pioneiro na área.
Não deixa de ser verdade. Laboratórios em São Paulo, com suporte da FAPESP, podem ter um orçamento igual ou melhor do que muitos nos EUA e Europa. Com salário inicial superior ao de universidades americanas, ótimos benefícios e promoção quase automática, o cargo pode ser considerado um dos mais estáveis do mundo. Mesmo assim, o impacto da pesquisa feita no Brasil ainda é bastante tímido.
Um grande problema talvez seja justamente essa estabilidade profissional. Se por um lado permite uma grande flexibilidade e ousadia na pesquisa, por outro elimina a competitividade e ambição. Há de se achar um meio termo.
Essa não é a única razão da falta de impacto nos trabalhos científicos nacionais. Críticos de plantão vão apontar problemas com importação de material científico e falta de massa crítica. Depois de ter feito ciência no Brasil e em outros países, costumo acrescentar um outro fator na lista que acredito seja o obstáculo mais difícil de superarmos: nossa atitude provinciana.
Não sou o único brasileiro que pensa assim. Recentemente, li uma declaração do neurocientista Miguel Nicolelis no Estado de São Paulo que dizia o seguinte:
“O Brasil deveria ter um conselho de gente que está fazendo ciência mundo afora. E não pessoas que ocupam cargos burocráticos em associações de classe. Deveria ser gente com impacto no mundo. E pessoas jovens com a cabeça aberta. Mas as pessoas têm muita dificuldade de quebrar esses rituais. Para entender a que me refiro, basta participar de reuniões científicas e acompanhar a composição de uma mesa. Não há nada semelhante em lugar nenhum do mundo: perder três minutos anunciando autoridades e nomeando quem está na mesa. É coisa de cartório português da Idade Média.”
Ele está correto. Já vi Coral, Prefeito e até motorista particular participando de mesa em congresso científico no Brasil. Pode não parecer muito diferente pra quem está acostumado, afinal sempre foi assim. Mas, pra quem vê a cena de fora da caverna, a situação é surreal. Essa, com certeza, não é a realidade em reuniões científicas sérias no resto do mundo. A ideia de um conselho externo também me agrada, já escrevi em colunas anteriores as razões da necessidade de “olheiros científicos” para avançarmos a ciência nacional.
Esse amadorismo ingênuo reflete na ciência. O número de colaborações internacionais ou entre laboratórios é muito pequeno, por exemplo. A preferência é por reinventar a roda, fazer tudo sozinho. Ou então um superprotecionismo (que também faz parte do provincianismo), que impede o cientista brasileiro de realizar colaborações, pois acredita que vai ser “roubado” pelo estrangeiro. Cada laboratório acaba sendo um microdepartamento, a corrida pela autosuficiencia acaba por deixar tudo lento. Reflexo disso é a completa falta de “facilities” ou estruturas para uso comum nas nossas universidades.
Acabamos por esquecer que aquela imagem de uma maçã caindo na cabeça do cientista sentado embaixo de uma árvore e levando a uma teoria gravitacional revolucionária não é a norma. Inovação e ciência de impacto emergem através de redes de contato, em geral, internacionais. A forma de fazer ciência no mundo vai mudar cada vez mais nos próximos 10 anos na comparação com os últimos 400 anos. O Brasil vai ter que se modernizar para não ficar para trás.
Com uma visão nova do mundo acadêmico e com a força de um corpo docente de reconhecimento internacional, o Programa de Pós-Graduação em Administração da UCS (PPGA-UCS) iniciou suas atividades em 2006 com a implantação do Mestrado em Administração, com a aprovação da CAPES. Em 2010 o PPGA implantou o Curso de Doutorado em Associação Ampla com a PUCRS. Em 2015 o PPGA-UCS iniciou o Doutorado Próprio em Administração aprovado pela CAPES em dezembro de 2014.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Entrevista com Márcia Rohr da Cruz
A entrevistada Márcia Rohr da Cruz, atualmente está cursando Doutorado em Administração PUCRS/UCS, é Mestre em Administração pela Universidade de Caxias do Sul e Licenciada em Educação Física pela UCS.
Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Saúde e Qualidade de Vida, atuando principalmente nos seguintes temas: esporte, lazer e educação, ginástica laboral, implantação e benefícios, educação, mudança, inovação, esporte, saúde e qualidade de vida e atividade física, alimentação e saúde. E também atua em Gestão de Recursos Humanos.
Márcia, fale um pouco sobre a tua experiência com a Universidade de Caxias do Sul.
Tenho um respeito e carinho grande pela Universidade de Caxias do Sul, toda minha formação de ensino superior foi feita na UCS, sendo Licenciatura Plena em Educação Física, Mestrado em Administração e atualmente aluna do doutorado em Administração PUCRS / UCS.
Por quê você escolheu o Mestrado em Administração da UCS?
Optei por cursar o Mestrado em Administração por pelo menos dois motivos: conhecer outra área do conhecimento, no caso a Administração, que me auxilia muito no entendimento de áreas que a formação inicial não ofereceu, por sua essência, além de que trabalhar com pesquisa, estudar etc.. sempre foram meus objetivos, sempre levei muito a sério o ditado: “estuda minha filha”.
Optei por cursar o Mestrado em Administração por pelo menos dois motivos: conhecer outra área do conhecimento, no caso a Administração, que me auxilia muito no entendimento de áreas que a formação inicial não ofereceu, por sua essência, além de que trabalhar com pesquisa, estudar etc.. sempre foram meus objetivos, sempre levei muito a sério o ditado: “estuda minha filha”.
Sobre o quê foi a tua pesquisa no Mestrado? E sobre o que vai ser no Doutorado?
Na dissertação trabalhamos na cadeia produtiva da maçã brasileira e a principal base teórica utilizada foi a Teoria da Complexidade. Agora no Doutorado, embora estejamos no início da construção do projeto oficial de tese, devemos continuar com o mesmo objeto de estudo, o que muda é o foco e embasamento teórico, o qual terá base nas teorias de Inovação e suas vertentes.
Na dissertação trabalhamos na cadeia produtiva da maçã brasileira e a principal base teórica utilizada foi a Teoria da Complexidade. Agora no Doutorado, embora estejamos no início da construção do projeto oficial de tese, devemos continuar com o mesmo objeto de estudo, o que muda é o foco e embasamento teórico, o qual terá base nas teorias de Inovação e suas vertentes.
O que o Mestrado em Administração te proporcionou?
O Mestrado em Administração me proporciona muita coisa boa. Para mim o mais importante que fica não só do Mestrado como também da carreira de estudante é que estudar nunca é demais.
O Mestrado em Administração me proporciona muita coisa boa. Para mim o mais importante que fica não só do Mestrado como também da carreira de estudante é que estudar nunca é demais.
O legal é que tenho “duas profissões”, atuo nas duas e me sinto realizada com ambas.
Obrigada pela entrevista!
AAPereira
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Teste ANPAD
A ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO - ANPAD torna pública a abertura das inscrições para o Teste ANPAD - Edição de Fevereiro de 2011. Poderão realizar o Teste todos os interessados em (i) participar de processos de seleção (quer de universidades, quer de outras organizações) que exijam pontuação em edições válidas do Teste ANPAD e/ou (ii) obter uma certificação de seus conhecimentos nas matérias que compõem o referido Teste.
Fonte: ANPAD
Lembramos que para participar da Seleção do Mestrado ou Doutorado em Administração da UCS é necessário apresentar o comprovante de realização do TESTE ANPAD ou boleto bancário de pagamento, no caso do TESTE ANPAD Edição Fevereiro de 2011, conforme editais.
Informações sobre o Teste: http://www.anpad.org.br/teste.php
Informações sobre o Processo Seletivo: http://www.ucs.br/ucs/posgraduacao/strictosensu/administracao/processo_seletivo_2011
AAPereira
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
ATENÇÃO - Processo Seletivo 2011 - Mestrado e Doutorado
VOLTEI!!!
UM ÓTIMO 2011, COM MUITAS REALIZAÇÕES!! E FIQUEM ATENTOS...
PROCESSO SELETIVO 2011 - MESTRADO E DOUTORADO!!!
PROCESSO SELETIVO 2011 - MESTRADO E DOUTORADO!!!
Os editais podem ser conferidos no link http://www.ucs.br/ucs/posgraduacao/strictosensu/administracao/processo_seletivo_2011 ou acessando o site http://www.ucs.br/ !
Não perca essa oportunidade!
O PPGA-UCS tem como principal característica "estabelecer um equilíbrio perfeito entre o mundo acadêmico e o mundo empresarial, interagindo com o setor público e privado, na geração e difusão de conhecimentos relevantes e aplicados ao seu contexto, buscando, de forma científica, a produção endógena de soluções que tornem o processo de desenvolvimento regional positivo e sustentável".
AAPereira
Assinar:
Postagens (Atom)